
Fabricante de equipamentos para a área de tecnologia da informação, a Accept resolveu entrar no segmento de data centers com a tecnologia da norte-americana Supermicro, de quem é representante e O&M no Brasil. O novo mercado para a empresa, que tem sede em São Paulo e unidade industrial na Bahia, foi definido pela demanda das instalações brasileiras por servidores com maior capacidade de processamento, redução de espaço e menor consumo de energia. Dependendo da configuração, o sistema da Supermicro, denominado
2U Twin 4, pode ocupar 50% menos espaço e consumir 20% menos de energia. Há casos em que esses índices podem ser ampliados ainda mais, segundo Sílvio Campos, diretor comercial da Accept. Um deles é o da instalação em data centers com 1000 servidores baseados na plataforma Intel
Tylesburg. De acordo com Campos, esse total poderia ser reduzido em 75%, com um parque de 250 equipamentos. "O
Twin também compartilha o mesmo recurso da fonte de alimentação, diminuindo o consumo de energia e do ar condicionado", completa.

Considerado um servidor de alta demanda, o
2U Twin 4 foi desenhado para aplicações como
cloud computing e computação de alta performance (HPC), mercados que crescem na área de data centers. A interpretação do nome do produto é simples: são quatro servidores internos em 2U, o que pode significar 12 núcleos de processamento.
A manutenção também tem funcionalidades diferenciadas: por meio de uma placa dedicada e um software já incluso, o equipamento pode ter sua infraestrutura reparada remotamente. "Cada lâmina possui sua porta IP dedicada, de forma que a execução da manutenção ocorre como se o técnico estivesse fisicamente no data center", explica o diretor.
Em fase de homologação local, o equipamento não tem aplicação restrita aos data centers tradicionais ou universidades. O ponto comum de aplicação da nova tecnologia é a demanda por espaço. A empresa avalia que qualquer usuário com demanda superior a três servidores pode adotar o 2U Twin 4. Outro argumento é o preço. Nas contas da Accept, a mesma configuração de três servidores tradicionais pode custar 25% a mais.

Campos vai além, explicando que o retorno de investimento pode ser mensurado da seguinte forma: economia mínima de 30% em relação à compra de hardware, quando comparado a sistemas tradicionais de servidores, e outros 20% na já economia de energia. Para o executivo a solução pode ser ainda mais interessante em aplicação como o de data centers localizados em salas-cofre, onde os custos de manutenção podem ser reduzidos com maior margem.
Fonte: Revista rti - Redes, Telecom e Instalações - Dezembro 2011
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